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Chesf produz dois milhões de mudas

Sustentabilidade Publicado em 24/10/2017

Desde a sua fundação, em 1987, com o nome de Sementeira, até os dias atuais, o Viveiro Florestal de Xingó, localizado em Piranhas (AL), já produziu mais de 2 milhões de mudas nativas, destinada para diferentes fins – seja no plantio para recuperar áreas degradadas ao longo do Rio São Francisco, por conta das construções hidrelétricas, ou  contribuindo com doações dessas mudas para várias instituições e agricultores nos programas de recuperação ambiental.

Inicialmente, o Viveiro Florestal foi criado com a intenção de produzir mudas de espécies ornamentais para urbanizar o então Acampamento da Chesf que abrigava os trabalhadores das obras da Usina Hidrelétrica de Xingó (AL/SE).

A partir do ano de 1995, o local deu início à produção de mudas de espécies nativas do bioma Caatinga, visando recuperar áreas degradadas no entorno do empreendimento, minimizando, assim, os impactos ambientais decorrentes da construção da maior e mais moderna hidrelétrica do Sistema Chesf.

De acordo com Paulo Belchior, gerente da área de Meio Ambiente da Chesf, “o Viveiro Florestal de Xingó tem capacidade técnica para produzir até 200 mil mudas ao ano, para atender às demandas dos programas ambientais de recuperação de áreas degradadas, reflorestamentos de áreas de preservação permanente, matas ciliares, arborização urbana e rural, bem como na educação ambiental.”

Eraldo Martins, encarregado das atividades de campo do Viveiro, informa que, em 2010, a produção de mudas anual se manteve constante, até 2017, com uma média de 100 mil mudas anuais, totalizando mais de 700 mil mudas no período.

“Todo o excedente da produção é utilizado para doações a instituições públicas, Organizações Não Governamentais, prefeituras, e a pequenos proprietários da região para serem utilizadas em campanhas de Educação Ambiental, reflorestamentos, arborização urbana e rural, recuperação de nascentes, recuperação de mata ciliar e recuperação de áreas degradadas”, informa.

Coroa-de-frade

Desde o ano passado, a Chesf iniciou os estudos de produção de Melocatus sp, popularmente conhecida como Coroa-de-frade ou Cabeça-de-frade, no Viveiro Florestal de Xingó. O procedimento de produção de Melocatus sp é considerado lento e delicado, para se obter mudas adaptadas (tamanho) ao plantio no campo levasse um tempo médio de três anos.

A importância desse estudo se deve a possibilidade de repovoar mudas de Melocatus em áreas degradadas nas quais essas espécies foram suprimidas. Além disso, ocorrem atualmente, na Bahia, 18 táxons endêmicos de um total de 22 espécies e subespécies. Dessas, 11 espécies são consideradas endêmicas, sendo cinco criticamente ameaçadas de extinção. Clique aqui para mais informações.

Visitações programadas

O Viveiro está aberto a visitações programadas, destinadas ao público em geral, sobretudo a instituições de ensino, como escolas, faculdades e universidades. Quando das visitações, o engenheiro florestal residente, Lauri José Martini, e o encarregado Eraldo Martins esclarecem sobre o seu funcionamento e todas as etapas da produção de mudas, além de abordarem temas de importância quanto à preservação ambiental.

Após passar por obras de ampliação das instalações físicas, o Viveiro Florestal conta com uma infraestrutura dotada de auditório, escritório, banheiros, refeitório, depósito e galpão para forrageira. Durante esse período de funcionamento, o Viveiro já recebeu mais de 10 mil visitantes, entre estudantes, professores, técnicos e agricultores em geral.