O presidente e o diretor de Engenharia da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Fabio Alves e Reive Barros, estiveram em Fortaleza, na manhã desta quarta-feira 6, para a abertura do Proenergia 2021 que reuniu grandes nomes nacionais e locais do setor de energia.
O presidente Fábio Alves destacou a importância do evento ao promover o debate para melhorias no processo de planejamento da matriz elétrica brasileira, considerando principalmente, o potencial e as oportunidades de geração com fontes renováveis e os benefícios socioeconômicos para a Região Nordeste, com ênfase na necessidade de aprimorar a legislação para a implantação de geração eólica off-shore e a produção de hidrogênio verde.

O evento, que segue até hoje, dia 8, discute desafios e oportunidades para a área com palestras, exposição de cases, painéis de debates e rodadas de negócios, realizado digitalmente pelo Sindienergia-CE, em parceria com a Fiec e o Sebrae.
Na oportunidade, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, lançou, em palestra magna no primeiro dia, o projeto nacional de estímulo à geração distribuída (ou autogeração) de energia. Ele abriu sua fala abordando a questão da escassez hídrica que o País atravessa. Falou sobre a evolução da matriz elétrica brasileira e mostrou como a capacidade elétrica instalada mais do que dobrou nos últimos 20 anos.
"Somente em 2021, a expansão de geração aumentou em 13%, e de transmissão, em 15%. Ontem tivemos a reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e constatamos que estamos atravessando esse período de escassez hídrica com total governança e vamos chegar ao final do ano do mesmo jeito, com o mesmo nível de controle e governança, fruto das medidas que adotamos desde outubro do ano passado", destacou o ministro.
O ministro ressaltou a importância do planejamento no setor elétrico e afirmou que o Nordeste será um grande exportador de energia, não só para o Brasil, mas, também, com o hidrogênio verde, para o mundo. Bento Albuquerque também lembrou o Plano Decenal de Energia 2030, cuja expectativa é de 25% da matriz com geração eólica e fotovoltaica, e 49% com geração hidráulica.
Essa complementariedade, segundo o ministro, é que irá prover a segurança energética que o Brasil necessita para o seu desenvolvimento sócio-econômico e para o fornecimento de energia a custos mais baixos.
Fotos: Átila Vilar