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Centro de Desenvolvimento e Inovação da Chesf

Inovação Publicado em 08/02/2022

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) vem buscando trilhar um caminho de sucesso na busca pela inovação, adotando mudanças de paradigmas, estimulando seus empregados a inovar, dando liberdade para mudar.

Alinhado às diretrizes do Mapa Estratégico da Chesf 2021-2031 (consolidar a transformação cultural com resultados, alta performance e inovação), o Centro de Desenvolvimento e Inovação (virtual) da Companhia tem promovido várias ações indutoras.

Dentre as ações em curso, no âmbito de suas linhas de atuação, destacam-se onze projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que estão sendo desenvolvidos em diversas áreas afins da Empresa; o Prêmio de Inovação Chesf, em reconhecimento aos empregados pelo espírito inovador aplicado às suas atividades laborais; a implantação do Hub de inovação na busca de soluções em startups, spin-offs e empresas para geração de melhores resultados para Chesf; a Gestão do Ecossistema de Inovação, através do Sistema Inteligente de Gestão da Inovação (SIGI), e coordenação das atividades de Propriedade Intelectual e Registros de Patente.

O Ecossistema de Inovação da Chesf (Figura 1) vem sendo estruturado em duas linhas de atuação: a inovação corporativa e a inovação aberta. A corporativa é um ciclo constante pela busca do novo, permitindo que a Empresa promova estratégias para melhorar seus resultados, tanto pelo desenvolvimento de novos produtos, processos, serviços e tecnologias, quanto por canais de distribuição, processos organizacionais, novas formas de competir ou cooperar.

Já a inovação aberta é um termo abrangente criado por Henry Chesbrough (Open Innovation Results, Oxford University Press, 2020), que se baseia na criação de ideias, pensamentos, processos e pesquisas abertas, a fim de melhorar o desenvolvimento de seus produtos, prover melhores serviços para seus clientes internos e externos, aumentando a eficiência e reforçando o valor agregado.

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(a)                                                                          (b)
FIGURA 1 – (a) Inovação Corporativa (b) Inovação Aberta

A Chesf, em parceria com o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), estão propondo a criação de um “HUB de Inovação do Setor Elétrico” (Figura 2), que já se encontra em fase de contratação, um ecossistema de inovação que objetiva acelerar a implantação e a adoção, pelo Setor Elétrico, de tecnologias produzidas dentro do Programa de P&D+I, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da própria Chesf. “Esses desafios não são só da Companhia, mas do Setor Elétrico nacional”, afirma José Bione, gerente do Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (DRPI), que conduz o Centro.

Para a implantação do HUB, uma equipe multidisciplinar foi constituída, no intuito de pensar, estruturar, implementar e operar um HUB do Setor Elétrico. Para isso, a equipe está buscando: diagnosticar ecossistemas nacionais e internacionais; mapear demandas e oportunidades/soluções; criar mecanismos para formalização do HUB; desenvolver planos estratégicos, de gestão e marketing; propor indicadores e métricas de acompanhamento dos processos e acelerações de empresas; propor mecanismos de valoração da PI; desenvolver uma plataforma integrada de gestão; e por fim, executar pilotos de projetos de aceleração de empresas/startups com produtos que estejam com nível de maturidade TRL 4 a 7.

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FIGURA 2 – Hub da Inovação Chesf

Está prevista a implantação de cinco satélites (polos), distribuídos na Região Nordeste, que deverão ocupar espaços nos municípios de Campina Grande/PB (primeiro), Paulo Afonso/BA, Petrolina/PE, Teresina/PI e Fortaleza/CE; esta distribuição geográfica visa facilitar à integração da Chesf com as macrorregiões do Nordeste (ver Figura 5).

Ressalta-se que o alcance do HUB é esperado extrapolar as fronteiras regionais, tendo uma amplitude nacional e com previsão internacional, tendo como princípio fundamental a integração dos universos empresarial, acadêmico, científico e tecnológico.

É importante destacar a ideia da Inovação Energética, pois são as melhorias que se tem no cotidiano para produtos e procedimentos. Em alguns casos, uma inovação pode acontecer até para algo que não se espera. Por exemplo, o Uber inovou a forma como se lida com o transporte público. O Airbnb inovou na forma e nos custos para obter estadia em diversos lugares ao redor do mundo. Os smartphones revolucionaram a forma como se comunicar. O computador possibilitou a melhoria exponencial da produtividade nos ambientes empresariais. Neste ambiente, o Setor Elétrico não seria diferente, encontra-se em contínua mutação, atingindo uma velocidade cada vez mais alta, sendo impulsionado por resultados e pela demanda, que só aumenta.

Desta forma, a Chesf elaborou um portifolio de projetos de P&D+I que contempla esses desafios, postos pela inovação energética, utilizando ferramentas de Inteligência Artificial, Robótica, Automação etc. (ver Figura 3), que permitirão que a Empresa se torne mais competitiva e ágil no Ecossistema da Inovação, o que acarreterá numa mudança no seu mix de geração, bem como um novo modelo em manter e operar os seus mais de 21 mil km de linhas de transmissão. Tanta tecnologia visa buscar o posto da empresa de referência e, consequentemente, sua valorização no mercado financeiro.

A Figura 3 apresenta as tecnologias empregadas nos projetos de P&D+I relacionados com as suas aplicações, onde pode-se destacar projetos da Chesf como: Planta Híbrida Inteligente (solar + eólica + armazenamento), Planta Tecnológica Fotovoltaica do Centro de Referência em Energia Solar de Pernambuco (Cresp), Sistema de Armazenamento de Energia para aumento da segurança no fornecimento de energia em Subestações, Planta Fotovoltaica Flutuante, Armazenamento de Hidrogênio Verde, entre outros. Esta alavancagem fará o futuro da Chesf.

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FIGURA 3 – Tecnológias e aplicações na visão de uma Inovação Energética

Tem-se, também, o propósito do Setor Elétrico (nacional e internacionalmente), que está passando por uma transformação silenciosa, mas radical, que irá conduzir a uma ampla eletrificação (diversificação de fontes e suas integrações, p.ex.), aplicando os cinco D´s em prática no Setor: Descarbonização, Diversificação, Descentralização, Digitalização e Disruptiva.

A necessidade premente de inovações exigidas pelo mercado num mundo competitivo faz com que as empresas se vêm compelidas a gerar novos produtos e processos. “O despertar para o novo está fortemente condicionado à existência de ambiente interno, no qual as ideias possam emergir e serem aplicadas com eficácia, por isso, as iniciativas inovadoras dos empregados da Chesf sempre bem vindas”, enfatiza José Bione.

O diretor de Regulação e Comercialização, Roberto Pordeus, destaca a importância da inovação como garantia do crescimento e desenvolvimento da Empresa, reforçando o processo pelo qual a Companhia passou durante a pandemia, se reinventando nas suas formas de trabalhar.